não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
quarta-feira, maio 31
terça-feira, maio 30
ainda os azuis...
O céu tem muitos azuis!
Um em cada janela!
É como a VERDADE!
In “ apontamentos para um manual da serenidade”
ou
como deves rodar-te para veres o outro de ti,
ou
o outro do outro
ou
simplesmente para veres o mais belo!
O outro!
Um em cada janela!
É como a VERDADE!
In “ apontamentos para um manual da serenidade”
ou
como deves rodar-te para veres o outro de ti,
ou
o outro do outro
ou
simplesmente para veres o mais belo!
O outro!
segunda-feira, maio 29
intrusos
Não te escondas,
R-E-S-P-I-R-A-TE,
na inconsciência de TE seres,
intenso….
D-E-R-R-U-B-A-TE
no HOJE,
que não TE conhece,
e
VOA
do imenso que TE esmaga
e
apodrece,
esfumado
no aroma
e
no incenso
da sombra que TE anoitece!
I-N-T-R-U-S-A de TI!
R-E-S-P-I-R-A-TE,
na inconsciência de TE seres,
intenso….
D-E-R-R-U-B-A-TE
no HOJE,
que não TE conhece,
e
VOA
do imenso que TE esmaga
e
apodrece,
esfumado
no aroma
e
no incenso
da sombra que TE anoitece!
I-N-T-R-U-S-A de TI!
sexta-feira, maio 26
em trabalhos de contar numeros com existires
Andei em trabalhos e paciências, a contar os anónimos que me habitam, escondidos no sonho de me inventar em cada cor com que me pinto nos passos em que me desaguarelo nos caminhos.
Todos juntos, desenham-me o NOME!
Sem eles (anónimos e passos) não me existia!
Todos juntos, desenham-me o NOME!
Sem eles (anónimos e passos) não me existia!
quinta-feira, maio 25
quando calha a minha vez de pintar o "quase" em desenho de mim
desenhei numa linha (quase-nada), o movimento da alma…
fiquei a olhar o desenho (quase-dança), de um dia inteiro, em que ela me percorre o corpo (quase rio), ao som de uma guitarra…
no desfim, (da quase-linha)
despi-a
e
adormeci-a na noite de mim…
fiquei a olhar o desenho (quase-dança), de um dia inteiro, em que ela me percorre o corpo (quase rio), ao som de uma guitarra…
no desfim, (da quase-linha)
despi-a
e
adormeci-a na noite de mim…
quarta-feira, maio 24
nos passos que dou
andei por aí,
(vagabundo),
a olhar as coreografias-do-um
e
fiquei perdido de olhos-abertos, no maravilhar do EXSTIR…
(vagabundo),
a olhar as coreografias-do-um
e
fiquei perdido de olhos-abertos, no maravilhar do EXSTIR…
terça-feira, maio 23
Definições oníricas
O sonho é um existir sem ossos, uma espécie de borboleta que transporta todas as cores e todas as palavras do universo em forma de história por acontecer…
segunda-feira, maio 22
o gosto para de lá da palavra que lhe diz o sentido
Poucos gostam do sentido usado do se ser FIM.
Eu gosto, até da palavra porque rima em MIM…
Gosto,
Apesar da dor da ausência que provoca quando se enche de silêncios…
Gosto,
Mesmo sem eles (silêncios) porque para haVER FIM, criou-se caminho,
e
sem ele não há VER “de começar”…
Devia ser VERbo “ de existir” a palavra que se sente FIM !
Eu gosto, até da palavra porque rima em MIM…
Gosto,
Apesar da dor da ausência que provoca quando se enche de silêncios…
Gosto,
Mesmo sem eles (silêncios) porque para haVER FIM, criou-se caminho,
e
sem ele não há VER “de começar”…
Devia ser VERbo “ de existir” a palavra que se sente FIM !
sexta-feira, maio 19
( des) prender-me ( de mim?)
Recuso ser simplesmente um recluso do dia que me cabe no VER,
rasgo o tempo informe que me atavia o querer SER mais do que posso
e
deixo-me ser rio.
Evaporo-me nuvem de um nada que me persegue sombra
e
vou sem a liberdade de me perder em mim.
Nem em mim me quero!
Só assim me sou!
rasgo o tempo informe que me atavia o querer SER mais do que posso
e
deixo-me ser rio.
Evaporo-me nuvem de um nada que me persegue sombra
e
vou sem a liberdade de me perder em mim.
Nem em mim me quero!
Só assim me sou!
quinta-feira, maio 18
notas semi-fusas
Guardo reflexos ( de mim) para além da alma, Sinais de vento, Lento, Gravados na terra escura, Que sopram, Cinzas de lama…
quarta-feira, maio 17
desenho de uma borboleta
procuro numa folha branca a solidão de um traço. teu.
silhueta-alada,
de mulher,
nua,
despida…
traço único,
inteiro,
de
borboleta-alva,
colorida…
desenho, em aguarela-lágrima,
cabelos-crina,
escoares de vida,
em tinta,
sépia,
perdida…
silhueta-alada,
de mulher,
nua,
despida…
traço único,
inteiro,
de
borboleta-alva,
colorida…
desenho, em aguarela-lágrima,
cabelos-crina,
escoares de vida,
em tinta,
sépia,
perdida…
terça-feira, maio 16
recomeçar na deslembrança
“Porque te estendes na terra de olhos a fingirem-se de cego à procura de silêncios?” Ouvi de longe, murmúrios d’uma nuvem de pólen de plátanos que dançava branca nos ventos da cidade e que rompeu o escuro de uma fuga só minha. “Estou cansado”, disse, “sem forças”, sublinhei em ausência. “Não procures forças no descanso…procura-as no esquecimento…na deslembraça tudo se pinta no NOVO!” Segredou-me a mesma nuvem, agora mais cinzenta de lavar cidade ao esgueirar-se nas ruelas que redesenhavam azuis junto ao céu...
segunda-feira, maio 15
escritas
uma árvore é uma raiz que espreita o sol...
(o que se dizem nos sussurros de se serem um, escrevem-no em sombras...)
(o que se dizem nos sussurros de se serem um, escrevem-no em sombras...)
sábado, maio 13
(des) saber
Não sei horas.
Não me sei nas horas, Mas espero que o tempo chegue e me respire, Só depois dou um passo, gravado no dia.
Pegada invisível de alma, Física, Com hora, Qualquer, que o tempo é qualquer, repetido até ao infim…
Só eu não passo, Preso.
O dia, esse vai, desabrido de mim, Não me espera. ( por isso não O sei, nem às horas…)
Repito-me, No que escrevo, Como o tempo se repete, Em mim, Parado, (Des)sentido. (o tempo pára, como eu, porque se repete, Só quando cria, ou se reinventa, avança)…
Ah, como é azul este espiar-me do sonho, e ver-me sentado, Parado, À espera (de mim? do tempo? do novo? dos passos? )…
Pareço um amolador de facas ( Existem? Ainda? Ou só se vivem no sonho-memória que se me passeia nos passos?) que perdeu a gaita de sopros, desafinada ( desafiada?)…
Não sei horas, Repito-me.
Tropeçam nas letras que escrevo, São elas, as letras que me marcam o compasso do dia…
( Como se mede uma gota de letras que se escorrega em ampulheta de papel? Não sei!
(Des)respiro-me em desinteresse do o saber, para me poder sentir nos passos que se dançam sem horas…)
Não me sei nas horas, Mas espero que o tempo chegue e me respire, Só depois dou um passo, gravado no dia.
Pegada invisível de alma, Física, Com hora, Qualquer, que o tempo é qualquer, repetido até ao infim…
Só eu não passo, Preso.
O dia, esse vai, desabrido de mim, Não me espera. ( por isso não O sei, nem às horas…)
Repito-me, No que escrevo, Como o tempo se repete, Em mim, Parado, (Des)sentido. (o tempo pára, como eu, porque se repete, Só quando cria, ou se reinventa, avança)…
Ah, como é azul este espiar-me do sonho, e ver-me sentado, Parado, À espera (de mim? do tempo? do novo? dos passos? )…
Pareço um amolador de facas ( Existem? Ainda? Ou só se vivem no sonho-memória que se me passeia nos passos?) que perdeu a gaita de sopros, desafinada ( desafiada?)…
Não sei horas, Repito-me.
Tropeçam nas letras que escrevo, São elas, as letras que me marcam o compasso do dia…
( Como se mede uma gota de letras que se escorrega em ampulheta de papel? Não sei!
(Des)respiro-me em desinteresse do o saber, para me poder sentir nos passos que se dançam sem horas…)
quinta-feira, maio 11
dores de olhares
(fotografia de Patricia Sucena de Almeida)
Dói-me.
(Não sei o quê… )
Dói-me,
a palavra e o olhar.
Cousas estranhas de se doer. Mas a imagem anda por aí,
demente,
a explodir em palavras.
Elas à frente.
Foi ele (olhar) que explodiu,
nelas.
Elas ficaram doidas e sem sentido.
Estão magoadas,
sentidas…
Não foram avisadas que seriam assim expelidas em estilhaços de orvalho (redondos) da imagem. (Só pode ser uma imagem cubista... Cubista e suicida!)
Não há nada a fazer quando nos explodem os olhos,
rebentados de Ver!
Vou fechá-los, para as palavras sossegarem e se deixarem de dores…
quarta-feira, maio 10
descidas, ou a ilusão de uma subida...ou coisa nenhuma
Subi à torre e vi o Sol…
Subi ao sol e morri…(de mim?)
In “apontamentos para um ( ou dois?) manual da serenidade”, ou como a dimensão da nossa subida, não deve nunca perder a linha do horizonte, ou como só devemos subir até onde os nossos olhos alcançam… Quando o horizonte deixa de existir, é porque esvoaçamos em queda ( não conta que exista horizonte para de lá...)
Subi ao sol e morri…(de mim?)
In “apontamentos para um ( ou dois?) manual da serenidade”, ou como a dimensão da nossa subida, não deve nunca perder a linha do horizonte, ou como só devemos subir até onde os nossos olhos alcançam… Quando o horizonte deixa de existir, é porque esvoaçamos em queda ( não conta que exista horizonte para de lá...)
segunda-feira, maio 8
o desenho de uma invenção
Conheci um Homem ( grande coisa essa, “tá” parvo o rapaz!) . Inventado ( eu não digo!). No nome. Não sei razão. Talvez nenhuma.
Era um homem, com toda a sua árvore. Também ela inventada. Nos nomes.
Era um homem encurvado para o céu.
Lia poemas nas nuvens como se eles ( poemas ) existissem!
Era piroso (pronto, o rapaz danou-se!).
Transportava todas as cores, vivas, atrás dos olhos, e desenhava-as, todas, nas gravatas, que usava.
Não há nada mais piroso que todas as cores. Vivas. Penduradas numa gravata. Mas lia poemas como se existissem. Como se fossem vivos. Os poemas. Como se tivessem cores, Desenhadas, Nas nuvens. As cores desenhadas nas nuvens, mesmo que vivas, não são pirosas.
Era um homem esquisito.
Encurvado para o céu, com a gravata ( pirosa) a cair-lhe, pendurada pelas costas. Era um homem do avesso. Inventado.
Conheci-o. Hoje, mas o Hoje não tinha nuvens no céu. Era inventado. O Homem. talvez, só no Nome, ou nas cores com que lia os poemas no céu.
Era um homem, com toda a sua árvore. Também ela inventada. Nos nomes.
Era um homem encurvado para o céu.
Lia poemas nas nuvens como se eles ( poemas ) existissem!
Era piroso (pronto, o rapaz danou-se!).
Transportava todas as cores, vivas, atrás dos olhos, e desenhava-as, todas, nas gravatas, que usava.
Não há nada mais piroso que todas as cores. Vivas. Penduradas numa gravata. Mas lia poemas como se existissem. Como se fossem vivos. Os poemas. Como se tivessem cores, Desenhadas, Nas nuvens. As cores desenhadas nas nuvens, mesmo que vivas, não são pirosas.
Era um homem esquisito.
Encurvado para o céu, com a gravata ( pirosa) a cair-lhe, pendurada pelas costas. Era um homem do avesso. Inventado.
Conheci-o. Hoje, mas o Hoje não tinha nuvens no céu. Era inventado. O Homem. talvez, só no Nome, ou nas cores com que lia os poemas no céu.
sexta-feira, maio 5
esvoaços
Servi-me de uma chávena-de-sol. Quente que baste para me vaporar no sonho do-não-estar-aqui.
Disperso-me no aroma que invade ( sem licença ) o sentir de me imaginar um duende-de-ibis
e
fingir-me não-ser, (pedaço-mágico-do-invisivel).
Fantasma de mim,
como um seixo multicolor de um rio que se redonda em águas
e
se transforma em onda-colibri que esvoaça entre pólenes de rosas do deserto
Disperso-me no aroma que invade ( sem licença ) o sentir de me imaginar um duende-de-ibis
e
fingir-me não-ser, (pedaço-mágico-do-invisivel).
Fantasma de mim,
como um seixo multicolor de um rio que se redonda em águas
e
se transforma em onda-colibri que esvoaça entre pólenes de rosas do deserto
quinta-feira, maio 4
sem ângulo
Não vale a pena pôr-me de pernas-para-o-ar para ver uma nuvem, nem para Me olhar fora do espelho.
Seja qual for o ângulo, serão sempre nuvens,
ela
e
eu!
Seja qual for o ângulo, serão sempre nuvens,
ela
e
eu!
quarta-feira, maio 3
moagens de luz
Semearam moinhos-de-luz nas montanhas e elas, elefantes-rocha, levadas pelas hélices, sobem ao céu-nuvem-de-primavera-criança, em navios alados-de-ilusão...
( avisto,
ainda, terras de Marão dentro dos olhos que não me dormem…)
( avisto,
ainda, terras de Marão dentro dos olhos que não me dormem…)
terça-feira, maio 2
sussurro...unico
Os cristais das árvores, disseram-me no sussurro do vento “ ...pinta-azul, no de lá da sombra! Fecha os lhos do sonho e desenha uma flor! Uma. Só. Para que seja Única e nunca te seja! Tua!
Desenha-A! Só!...”
Desenhei-A! Amarelo-Sol! Única! ( para que me queime o querer que seja. minha!)
Desenha-A! Só!...”
Desenhei-A! Amarelo-Sol! Única! ( para que me queime o querer que seja. minha!)
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porque a tranformação não tem nome, nem hora
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