quinta-feira, maio 11

dores de olhares


(fotografia de Patricia Sucena de Almeida)


Dói-me.
(Não sei o quê… )
Dói-me,
a palavra e o olhar.
Cousas estranhas de se doer. Mas a imagem anda por aí,
demente,
a explodir em palavras.
Elas à frente.
Foi ele (olhar) que explodiu,
nelas.
Elas ficaram doidas e sem sentido.
Estão magoadas,
sentidas…
Não foram avisadas que seriam assim expelidas em estilhaços de orvalho (redondos) da imagem. (Só pode ser uma imagem cubista... Cubista e suicida!)
Não há nada a fazer quando nos explodem os olhos,
rebentados de Ver!
Vou fechá-los, para as palavras sossegarem e se deixarem de dores…

2 comentários:

almaro disse...

nani: ehehe, tás a ver aqueles desenhos animados em que os olhos saem fora das orbitas, vermelhos de veias...é parecido. Fica o esboço por palavras para que possas imaginar …

raios, hoje os meus comentários estão a descambar...( explodir?????)

almaro disse...

Maria moura: ah ... mas como ando (des)animado...

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...