terça-feira, junho 27

(re) visitas

Fui a tua casa(*), Entrei, Sem bater.
Procurei-te, No silêncio,
de te Saber.
Encontrei-te, No silêncio,
de estares, Só, Imóvel, De cor, Na cor, De parede, Na parede…
Olhei-te, No silêncio,
de te Ser.
Sempre que te visito
e
reencontro, Respiro-te, Bebo-te, Na imaginação dos passos que deste sem mim.
Fui a tua casa, Entrei, como quem entra na escola com o olhar todo por preencher.
Respiro-te, Inspiro-me com se os olhos fossem pulmões…
Entrei, Sem bater, Só, para te ouvir ( Mestre **), Nas surdinas da cor.

(*) Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão / Fundação Caluste Gulbenkian
(**) Mestre José de Almada Negreiros

2 comentários:

BlueShell disse...

Sede de tudo ver....de preencher o olhar...
BS

Fragmentos Betty Martins disse...

Querido Almaro

É na Sede
do Ver
que sinto o meu Olhar
procurar o Saber
no toque do Respirar
seguindo a ponta
dos meus Dedos
"nas surdinas da cor"
Repiro-te
com Avidez
de
Aprender...

Beijinhos

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...