quinta-feira, agosto 24

o choro do mar, (des)salgado em estilhaços

O mar entornou-se em silêncios,,, De repente,
Sem marulhos,
Ventos,
Velas
Ou
Mastros.
Só azul, céu e horizontes ( muitos,,,em linha única,,,qual retrato do Eu de uma criança), como se quisesse, não molhar as areias, estilhaçadas de alabastros...

3 comentários:

Maria Alfacinha disse...

Azul, sempre o azul.
De céu e de mar.
De "Eus".
Beijo

almaro disse...

Maria alfacinha: tenho aversão a algumas palavras, a “sempre” é uma delas. Causa-me arrepios de inquietude, Não porque aparenta compromisso, mas porque me desenha a imobilidade. Ao ler o teu comentário desencadeou-se o processo químico do sentir; pêlos ouriçados, olhos semi-fechados, rugas,,, muitas, na fronte, e o coração a querer sair do corpo e ir por aí desalmado, pulado a mesa, o chão e afogar-se,,, no Mar! Depois as sinapses “ excitatórias”, substituíram-se pelas “inibitórias”, acabando por fluir nas “pensatórias”…
Por isso fica aqui um pedido de desculpas pela repetição quase exaustiva de Eus, azuis e mares, e tantas outras que me atravessam o sonho,,,mas este espaço, é isso mesmo, um registo diário da minha irrequietude, escrito para mim, mas partilhado convosco . A ti, Maria Alfacinha, não fica pedido de desculpa nenhum, pois sei que entendes, esta busca diária de um caminho que se pretende percorrer através dos sentidos ( formatados ou não, em cenários do existir)
Quem me lê, vai ter que ter paciência, ou pura e simplesmente ignorar este espaço durante a eternidade, pois por onde ando cheira a Mar e a azul, filtrados no eu e no horizonte que me coube em sorte.

almaro disse...

nani: mas o que me ficou na imagem foi mesmo o mar evitar molhar as areias, como se fosse invadido por uma enorme timidez...

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...