quinta-feira, fevereiro 1

Por vezes perco-me quando encontro o mar. duvido tudo,,, só o som do búzio me sabe falar. Não diz, não cala, transforma-se em ar

Ah,,,fosse eu a raiva deste mar-animal
e
saberia de cor, a cor deste azul-sal
que se entranha,
estranho, no abismo que se fende
neste sonho, real
de ser nuvem-sangue,
que se passeia
cega
no areal…
( para que fique claro
e
não se duvidem das cores que pintam e dividem as palavras, o areal que se diz, está encoberto de sementes de girasol que alimentam o farol, de amarelos queimados pelas estrelas que dançam e velam lentos, quais bailarinas vestidas de lençóis, coloridas de ventos)…

2 comentários:

Fátima Santos disse...

Linhos, cambraias, brocados
gazes, chitas
um cotim coçado.
Tecidos se esvoaçam:
panos esgaçados
véus de muitas cores
tintos em flores
cascas de árvores
terras.
Tecidos quase fios.
Transparências:
uma gaivota
um gato
os lápis
(muitos lápis de cor)
a nuvem
(uma perdida nuvem)
e um menino a ensaiar olhares
a acarinhar entre dois dedos
um lágrima
(depois de te andar relendo por aqui)

almaro disse...

seilá:
passos, (verdes , azuis, amarelos, carmim) pisados,
ventos, leves, suaves, bravos
saudades, abraços, laços,
passos
voados
aqui
ali
em letras
lidas relidas, por ti
passos,
saudades, abraços, laços
encontrados
aqui
ali,

sei, eu
aqui,
em mim
nos passos que dás,
em ti...
(depois de te sentir a andar por aqui)

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...