desenhei um vitral,
na água...
nem azul, nem verde,
um vitral,
com deuses
e
meninos,
a brincar
com o sol
que se gotinhava,
no rio
em cores de brilhar…
desenhei um vitral,
nas lágrimas
sem sal
no frio.
tinha, ( o desenho)
um homem
pequenino
( não fora ele,
menino…)
a rezar,
sozinho…
( os deuses,
esses,
estavam no vitral
a ouvir,
o menino),
e
o rio,
ia,
corria,
sem saber do vitral
que arrastava
desenhado na pele
com as cores do natal.
não!
os deuses não se enganaram,
nem se distraíram,
nem o rio,
eu,
é que desenhei
o que sentia,
encantado,
com o que via…
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
domingo, janeiro 1
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8 comentários:
Encantada estou eu com o que acabei de ver!
Encerra-se um, inicia-se outro espaço, outro ciclo de vida...
Boas entradas!
Um beijo.
obrigado, maria-mulher, vou certamente passear-me neste nuveares, por caminhos, acompanhado com os olhares que me pintam o sentir. bem vinda a este pedaço de sonho que navega sem estrela e quase voa-de-vento
maria do céu: não é rotura, provavelmente nem espaço outro, é um continuar no meu destempo. nos caminhos há momentos em que sentimos que o que acumulamos de saber e sentir na viagem nos mudou, nos transformou, gota a gota, como o gotinhar do sol no rio. esse foi o momento deste meu novo navegar
Maria do Céu, sim, eu sei. é no entanto um virar de página. eu é que me questionei se seria ou não rotura, no instante em que te respondia. por vezes gosto de roturas, esta é uma quase rotura, desfocada, enublada…em nuveares...
...e, o menino
que continua a ser...
menino...
embarca numa nuvem
seguindo um
a linha do horizonte,
enquanto outros
meninos,
lançam o papagaio aos céus
no sonho de continuarem
sempre...
meninos.
FELIZ 2006
(gosto desta música, convida à calma de passeios à beira-mar)
Menina-maratota, há coisas na vida que não se explicam, acabei de escrever um pequeno texto, num intervalo de uma leitura, com as letras arrumadas desta forma:
"sopro o pensamento,
em
nuvens-de-olhar
qual,
papagaio-de-papel,
abraçado-no-sonhar,
voam,
suaves…
cada-qual,
pétalas-de-papoila
a planar…
um,
é borboleta,
outro,
qualquer-letra
mas
aquele ali,
que se esconde no alto,
quase-nuvem,
quase-onda
sou eu,
inteiro
a-navegar…"
e chego aqui, deparo com as tuas palavras a coexistirem-me no eu...
Almaro
Que este nuvear, seja sempre um nuvear cheio de palavras soltas, mesmo que por vezes envoltas em nuvens façam sempre um sol a querer saltar do teu nuvear....
Pi: cada pétala solta desenha uma flor e todas as nuvens são o cobertor do céu, entre os dois está um mundo inteiro por desenhar, é nesse inacabado que me caminho
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