Em local que não é importante referenciar, entre sorrisos e olhares graves, disse-se assim o dito “ se o Zé percebeu, todos já perceberam!” Ficou, o Zé, com a expressão facial de quem disse cousa assim, engasgada no sentir. Creio mesmo, ter engolido em seco, o dito.
Depois serenou, cheio de interrogações e vagabundagens entre os eus que o vivem, questionando, um a um, qual deles sofria de inépcia de vida, qual dos eus seria obtuso ao ponto de serem visíveis deformidades cognitivas. Não foi difícil chegar encontrá-lo e foi com um sorriso que o abraçou. Ali estava ele, tímido e escondido, quase envergonhado por quer saber sempre mais que o visto, porque entendia que para de lá de um gesto, de uma palavra, existiam cousas outras, por isso perguntava sempre, insistia sempre, para que o gesto ou a palavra transpirassem toda a mensagem, toda a cor e todo o desenho.
Que os outros percebessem antes do Zé, é cousa que não o incomoda ( sei-o eu que lhe sou intimo), porque o que o dito Zé faz com o que entendeu, ou deixou de entender ( antes ou depois de outros) é coisa só dele…
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
sexta-feira, fevereiro 3
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3 comentários:
olá!!! e o co0mentário que eu tinha colocado aqui?!!!!!!!!
a seilá deixou ontem este comentário que desapareceu misteriosamente e que aqui rescrevo:
"li e o sorriso foi-se-me aconchegando e eu pensei que devem ser coisas de mim... "
Seilá: pensei que tivesses sido tu a apagar o comentário que aqui deixaste, pois quando lhe ia dar resposta desapareceu e apenas fiquei com a versão enviada por mail.
cousas de ti e de mim, por vezes arreliam, outras nem tanto. esta que me (re)aconteceu, confesso que me irritou, porque não me era possível dar resposta de impulso...vontade que não me faltou, mas à qual tive necessidade de trair, silenciando-me!
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