quarta-feira, março 29

ao vento, com a loucura de Ser, ou a confusão de me passear vazio

Ah, esta loucura de me passear vazio, à procura do abismo que me persegue em sombra, vai acabar em aguarelas cinzas, matizadas de pétalas de papoilas-novas, em forma lágrima de palhaço que ri, a navegar na Nau Catrineta, com as velas a bolinar descobertas, nos labirintos que me preenchem o eu…

NOTA: não podia deixar de ser confuso, até para quem escreve, pelo que se aconselha a não leitura e deixar que o dia passe...

6 comentários:

Fátima Santos disse...

a noite rodou até ao meio dia. cambaleei no vómito aflito. as papoilas andavam dependuradas nas asas das gaivotas. subi com elas. de novo o vómito.
(não estava em condições do SONHO. não entendi os sonhos. não senti!)

almaro disse...

seila: mas nem sequer é sonho, é uma angústia inteira que me esvazia o olhar. Sei, quando assim estou, que me escondo nas cores e normalmente as que me sobram da angústia são os cinzas e os vermelho aguarela. Quando as pinto rio-me de mim, porque quando o faço sou eu todo por dentro com a ansiedade profunda de me querer fugir e de vagabundear com o vento e o mar. Não precisas pois de sentir, muito menos de te nausear com angústias que são só minhas e que escrevo apenas para me orientar no sentido que me levo nos passos...

Menina Marota disse...

ah loucura
de ser
estonteante
em marés
azuis
de corais
por florir...

Dá-me tinta
em caneta
que seja
oermanente
em
meu coração
vagabundo
maroto
mas
pleno
de ilusão...

Morrem as marés?
Morre a nuvem
cinzenta,
que para lá
do pensamento
voa no horizonte?

Ah loucura... soberba loucura...

deixa-me assim vaguear e afogar em mim...

Beijo

ACENDALMA disse...

O dia passou e a leitura ficou

Talvez

almaro disse...

menina marota: sim tens razão! vezes muitas, quando nos sentimos plenos de liberdade, onde apenas o momento importa, é a sombra da loucura que se nos prende aos passos, como se fosse um balão multicolor preso aos olhos de um menino...

almaro disse...

talvez: dia passou? não sei. fica a deslembrança que ainda anda por aí preso na angustia de quem o não usou por inteiro

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...