quarta-feira, março 15

as deslembranças

a (des)memoria tem esta virtude ( mentirosa? ) de inventar o tempo,
e
d’o brincar,
colando-o,
sem lhe pedir autorização ou obediência,
(adiando-o?) ...
[ganha uma espécie de liberdade que navega,
sem verdade
nem limite,
que transpira na pele, misteriosa-de-ausências,
( carente?)
como uma flor-rebelde
que se fecunda
ao sol
em voares
(suspensos?)
lentos
de um caracol,
pintado ,
irreal,
num desenho,
sem ponto final]

nota: devia existir um itálico inclinado… ao contrário, uma espécie de portucálico…
Informáticos, Inspirai-vos!
( assim sou obrigado ao que não gosto. usar parênteses rectos, como se coubesse matemática no que escrevo)

2 comentários:

Fragmentos Betty Martins disse...

Querido Almaro

As [des]lembranças
têm momentos sublimes
mas só por momentos
outros
demora a remoção dos ruídos
... gestos fundentes
intensamente concisos
como a ferida
que nos visita no Outono
andando à volta
da agilidade da chuva
... sempre a chuva...

Beijinhos

almaro disse...

Betty: tenho algumas deslembraças que me desenham vazios...

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...