abri a mão,
espalmada,
(qual folha seca-de-verão)
retirei,
(com cuidado)
a linha que lhe diz vida
e
desenhei
(com ela inteira)
uma borboleta,
de duas asas
(dividida)…
uma, azul,
outra, incolor
( como quem afasta a dor, dos passos em que caminha)
tinha,
duas asas,,,qual não tem?
uma, mar,
outra, amor…,
(borboleta,
ou flor?
não sei,
era linha de vida
que tinha escondida,
na palma da minha mão…)
almaro, 4 de dezembro 2006
(Ouvi o choro da montanha
numa calmaria.que me impôs
uma espera
um
momento breve
de reverdejar.a.vida
impiedosa é a sombra
que devora.a.luz
que resta
nas colinas dum olhar
........
de mãos abertas
linhas traçando
caminhos
por.onde.as.lágrimas
da montanha.[es]correm
no sangue
sente-se.inverno
completa a.paisagem
a cor azul
do voo.daquela.borboleta
e
na palma da tua mão
depositou
o.coração.de.um.segredo
betty branco martins, 4 de dezembro 2006 )
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
segunda-feira, dezembro 4
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4 comentários:
Querido Almaro
Ouvi o choro da montanha
numa calmaria.que me impôs
uma espera
um
momento breve
de reverdejar.a.vida
impiedosa é a sombra
que devora.a.luz
que resta
nas colinas dum olhar
........
de mãos abertas
linhas traçando
caminhos
por.onde.as.lágrimas
da montanha.[es]correm
no sangue
sente-se.inverno
completa a.paisagem
a cor azul
do voo.daquela.borboleta
e
na palma da tua mão
depositou
o.coração.de.um.segredo
Um poema que fiz para ti (com muito carinho) – é teu
Beijinhos
BoaSemana
nani: a borboleta, mais que o colibri, desenha-me o sonho, seja o voar, seja a cor que se desfaz qual giz. lembro-me de um a vez ( uma única vez) ter apanhado entre os dedos uma borboleta e de lhe ter ficado com a cor nos dedos. Nesse dia aprendi a olhar...
betty: o que se faz a um poema que nos foi dado e escrito, colocado na palma da mão, qual borboleta, ou lágrima.de.sorriso? que se faz a um poema que traz um segredo.no.olhar e se escreve.com.o.coração?
Não se faz, cousa alguma. ouve-se o coração.
Ah conseguisse eu pegar as linhas da minha mão e torná-las borboletas (ou flores, pouco importa...) e saberia então que o sonho seria a vida que escolhi.
Que bonito, Almaro... tão bonito !
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