Fragmentos, de um vazio, de um nada, de uma ausência, de um desencontro…
É este o Natal que sinto. Menino ao longe. Perdido.
Ando a perder o Natal. Dia a dia, a esfumar-se na indiferença de já o não sentir.
Há tantos outros meninos a desnascer, que me perco na direcção dos olhos.
Calo-me no silêncio à procura dos fragmentos. Passos,,, de nuvem, ou de neve? Frios-de-sons.
Tenho tantas imagens no olhar que me dói o ver.
Cego,,, Sigo, no meu silêncio.
Oiço o sopro, o suspiro, a lágrima. Oiço a lágrima que ensurdece (arrefece?) a humanidade.
Aqui. Agora. Oiço cada um dos gritos, cada fragmento que morre sem a cor de um beijo, de um afecto. Fragmentos de meninos sem Natal.
O Natal desta nossa época fecha-se na família, (núcleo primordial da Humanidade).
Desenho lentamente no sentir, um outro Natal, em que o núcleo central seja a própria Humanidade, sem fragmentos, num único sorriso Universal a comemorar a Vida…
Vou estar ausente, no silêncio de mim, sem data de regresso, porque há silêncios (quase rios) que me sussurram ausências…
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o palhaço de D. Quixote andou a jogar futebol...coitado!!!!
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
segunda-feira, dezembro 18
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3 comentários:
um tempo sereno, é o meu desejo. o dia, em si, pouco significado tem. não se mudam atitudes por sorrisos de horas a que chamamos Natal. no dia seguinte voltamos a matar...
a esperança, os outros, a nós mesmos.
beijo grande.
musalia:gosto do tempo sereno, onde o tempo pa~ssa ao mesmo ritmo do olhar e nem um nem outro se perde no vazio. obrigado por esse pedaço de serenidade que vais transmitindo no que escreves e no que és.
um beijo
Um abraço ***
...e que encontres o que procuras....sim, porque eu sei que procuras algo...
Sempre
Blue Shell
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