segunda-feira, fevereiro 20

apontamentos sobre a morte

A morte é ( afinal? ) cousa simples…é uma caixa de memórias fechadas no escuro das cinzas-despidas, que deixam de caminhar no Ver…acontece ( a morte? ) quando deixamos de existir na memória…
( nossa, dos outros ou na memória-de-cada-grão-do-Universo-que-nos-pertenceu-no-Eu )



A morte entrou em monólogo de velas-navegantes com o vento e desenformou-se em algodão-de-nuvens-lilases…(cousa estranha esta, das letras se juntarem na palavra m-o-r-t-e , vezes várias no desfazer dos instantes que me vivem, como se não tivessem imaginação…)
( logo hoje que a solidão adormeceu cansada de tanta agitação!!! )



Curiosa esta nossa mania de guardarmos a morte dentro de uma caixa, como quem se quer iludir, capaz de a esconder-negra, no escuro de uma noite sem tempos…
( ah! Ilusão decrépita! Eu vejo-A claramente a espreitar por todas as flores-coloridas-pelo-sol! )

2 comentários:

Menina Marota disse...

a morte não tem perguntas, nem respostas...
... é silenciosa, demasiadamente calada, em gritos que se arrastam no silêncio, da nossa alma...

... a morte que me chora... que eu choro...

almaro disse...

menina marota: Consigo perceber, hoje, que a morte tem dois caminhos, o físico, que nos desfragmenta o corpo em incontáveis partículas que voltam a ser vida, hoje ou em futuros, em formas muitas, outro, o que carrega os sentires e as lembrançsa, que sente e que permanece em cada entidade que tocou, esse caminho, desmultiplica-se em incontáveis destinos e vive na saudade de cada um.
Temos ( no entendimento que faço hoje da vida) dois tempos, um infinito, porque um circulo é linha sem fim, outro com o destempo sempre incerto e desconhecido de permanecermos na memórias das coisas…

gaita! como estou confuso hoje!

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...