domingo, fevereiro 19

história sem titulo, porque as histórias não o têm...

pediram-me para contar história. qualquer. que sim que contava, prometi. é o meu gosto. por histórias. contar , mesmo que o contar seja todo da imaginação. histórias de nuvens ou outras, com forma qualquer. são no entanto minhas, porque caminham comigo, sempre na direcção do diante, mesmo que já vividas ou sonhadas. esta que vou desenhar, foi vivida com a intensidade de um olhar de descoberta. da descoberta do mais profundo dos sentires, aquele que contem em si todas as cores do olhar. começou com as flores, com uma flor (só depois com todas,
e
mais tarde com tudo
). o menino, esse da história, apaixonou-se por flor amarela
e
colheu-a, levou-a entre os lábios a sorver-lhe o sangue, no fim ficou sem saber o que fazer. tinha-a em si, mas perdera-lhe o olhar
e
ficou triste por ter o amarelo entre as mãos. em dia outro voltou a ver a sua flor na terra, amarela outra vez, linda a sorrir-lhe. já não a colheu
e
passou a falar com ela
e
ela passou a estar dentro da sua vida. assim aprendeu a amar.
e
assim passou a amar, flores, arvores, cães gatos, pedras, montanhas e rios…quis fazer o mesmo com as pessoas, mas desconseguiu . as pessoas queriam ser colhidas, queriam ser únicas em cada um. queriam ser posse
e
únicas, como se fosse possível amar
e
ter! para o menino, esse da história, amar era precisamente não ter, era deixar ser
e
ver. era esse o seu caminho. ser autentico
e
intenso para cada coisa que lhe cabia no olhar. intensidade era, para ele a palavra que mais se parecia com o amar. intensidade só se consegue sendo-se inteiro, porque só inteiro se consegue dar!…

4 comentários:

red hair disse...

A história não tem título e nem é para comentar! Só para ler e saborear!

Vim só agradecer a tua disponibilidade para mais um desafio lá do Devaneios!

Obrigada.
Beijo

almaro disse...

mwoman: a história era para ser outra, mas as letras cairam assim...( obrigado pelo link)

Fátima Santos disse...

e cairam (as tontas das letras9 muito bem. digo-o eu que as li caidas e gostei do conto e do que ele conta

almaro disse...

seilá: quase deixas perfume quando por aqui passas. fica um beijinho e a pena de não poder estar presente dia 4 com todos vós

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...