quinta-feira, abril 20

um pequeno nada

Ocorre-me, um NADA,
Pequeno (como o são todos),
Quase lilás-papoila ( cor de papoila triste ao fim do dia, antes de fechar e sem vontade de dar boas noites, ás amigas que resolveram não se deitar porque vão ao baile ás escondidas…de quem? não se sabe, é quase um nada, quase mistérios, mas estes mesmo sendo um nada, por vezes são grandes, porque desconhecidos…),
e
não sei o que faça com ele ( o NADA).
Desfaço-o
e
pronto!
Desenlaço de vez ( unica) este vazio que me tropeça na sombra e viro o dia![ como andam emperrados estes dias desnascidos sem cor, a pintar a primavera num embaraço (de um azul-quente-de-sol) desfeito…]
O horizonte ( de longe) foi abraçado por montanha*. Gigante. Aqui perto…num quase NADA. Pequeno…com sabor a água-de-nevoeiro-a-fingir-se-céu...

*avisto o Marão desta janela pequena ( quase um nada)

2 comentários:

BlueShell disse...

te sinto longe...
te sinto falta...
te sinto ausência...
Me sinto...Nada!

Sempre...
BlueShell

surpreendida disse...

Quem desenha e escreve de tal forma o seu sentir...
Não engana, nos tons com que assim pinta...
Pudessem as cores, as letras, compreender...
Que tem cada uma o seu valor, o seu lugar...
Que ninguém tira a ninguém, o seu sentido...
Que amar é olhar mais longe que o umbigo...
É mais que o alarde de o dizer...
Amar é cuidar, em silêncio se preciso...
Amar é a arte do bem querer...
Assim o soubessem, meu amigo...

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...