sexta-feira, julho 21

o abutre

sentou-se no horizonte, um navio, enorme, a rasgar o céu, pesado de fumos e de vermelhos-cinza,
a fingir que se movia…
não vinha
não ia
ali estava…
abutre de sonhos…

3 comentários:

Fátima Santos disse...

ando tão escassa de poesia nas minhas letras que a prosa me sabe a indigestão. aqui qualquer letra é poesia. sempre poesia.

almaro disse...

seila:mas vezes há em que a poesia ( aquela que foge das palavras) nos assusta e nos fere... laminas de aço fino de sublime dor, que não passa...

Menina Marota disse...

Dá-me voos de pelavras
em sentimentos
de mares
nunca antes alcançados.

Dá-me voos de cousa
que tragam em esperança
o azul do céu
o branco das nuvens
o colorido dos pássaros...

Dá-me o voo livre
da gaivota,
o cantar do melro,
a beleza da cotovia...

Dá-me tudo isso
e serei feliz,
mesmo sabendo
que algures
na ponta de um mastro
um abutre espera...

Um abraço e bom fim de semana ;)

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...