segunda-feira, maio 8

o desenho de uma invenção

Conheci um Homem ( grande coisa essa, “tá” parvo o rapaz!) . Inventado ( eu não digo!). No nome. Não sei razão. Talvez nenhuma.
Era um homem, com toda a sua árvore. Também ela inventada. Nos nomes.
Era um homem encurvado para o céu.
Lia poemas nas nuvens como se eles ( poemas ) existissem!
Era piroso (pronto, o rapaz danou-se!).
Transportava todas as cores, vivas, atrás dos olhos, e desenhava-as, todas, nas gravatas, que usava.
Não há nada mais piroso que todas as cores. Vivas. Penduradas numa gravata. Mas lia poemas como se existissem. Como se fossem vivos. Os poemas. Como se tivessem cores, Desenhadas, Nas nuvens. As cores desenhadas nas nuvens, mesmo que vivas, não são pirosas.
Era um homem esquisito.
Encurvado para o céu, com a gravata ( pirosa) a cair-lhe, pendurada pelas costas. Era um homem do avesso. Inventado.
Conheci-o. Hoje, mas o Hoje não tinha nuvens no céu. Era inventado. O Homem. talvez, só no Nome, ou nas cores com que lia os poemas no céu.

3 comentários:

Fátima Santos disse...

tenho saudades de te deixar o meu abraço!

almaro disse...

nani: não sei se o encontras, de tanto olhar o céu anda por aí dissimulado de nuvem...eheh ( mas dou uma dica...quando tropeçares no arco-íris ( ups, na gravata) ele anda por aí)

almaro disse...

seilá: digam o que disserem um abraço desses, com o peso todo de uma saudade, sabe bem, ( ah como sabe bem!)

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...