quinta-feira, agosto 10

repetir palavras,,,não importa

Julgo já ter escrito sobre este estado (d'alma) de me ser livre na ausência de mim, Pouco importa, isto que desenho é caminho de descoberta, onde vezes muitas é imperioso revisitar espaços e passos.
Tenho andado por aí.
Assim mesmo,
tal qual,
por aí,
livre de me ser sem me sentir por dentro, de me questionar, de me sentir, de me formar, livre de mim
e
existir-me só por fora, De olhos fechados, No escuro de um Eu que se impõe em sentires.
Cansa sentir.
Esgota sentir, Sentir é um furacão que nos suga num vai-vem que dói, que magoa, que enaltece, que sorri, que nos comunica com o Mundo,com a fantasia, com o tempo
e
o destempo, Por isso me liberto ritualmente de mim, como quem esvazia um saco
e
o dobra
e
arruma, Ando por aí sem escrita nem poesia, só o desenho me arrasta no pó, Debruço-me a cada passo
e
guardo as pequenas pedras coloridas que o mar me oferece, redondas, lisas
e
vou, preso no horizonte, sem olhares, É saborosa esta ausência no destempo, é uma espécie de não existir no Eu, Sorrio no nada, de nada, livre de não me saber, livre de me perder sem labirintos, Como no deserto, Perdido sem labirintos, Perdido no espaço, De ser apenas um ponto de espaço, um grão de areia do deserto.
Ah, como sabe bem ir por aí…

7 comentários:

Su disse...

gostei desse estado de alma..."ah como sabe bem ir por aí"......

o teu des.tempo ... des.sentir...

jocas maradas de palavras

BlueShell disse...

**
BShell, Sempre.

Fátima Santos disse...

desalmado (?)

almaro disse...

su: diria que é uma saída do destempo, do espaço onde me habita o Eu, é como que por a fantasia a dormir, numa hibernação de ausência.

almaro disse...

blueshel: estou de volta

almaro disse...

seilá: gosto do desalmado. é quase. só o não é porque o malandro ganhou o hábito de dormir de olhos abertos...eheehheh

Teresa Durães disse...

gostei bastante! também me acontece, como agora aconteceu, mas forçadamente. sobra só mesmo o vazio obrigatorio para retemperar o corpo das emoções. sem desenho que não sei desenhar :)

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...