não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
sexta-feira, setembro 29
metafisicas coloridas
Disse-lhes (convicto) "que não se devia dar-lhes significado para que não perdessem o brilho de ser cor…
Uma cor com significado perde a capacidade de se misturar com outras. Só na mistura nasce uma cor nova
e
uma cor-nova não tem nome,,, muito menos significado!
Uma cor-nova tem toda a metafísica do Mistério!"
Ficaram mudos, num silêncio de insulto, por isso larguei-os de trela até que se esfumassem em nuvens. Vezes há que é preciso deitar fora todos os pensamentos ( nossos e d'outros) para que nasçam outros ( nossos) . Novos!
quarta-feira, setembro 27
o salto
terça-feira, setembro 26
medidas (in) variáveis
segunda-feira, setembro 25
teorias do ponto (II)
teorias do ponto (I)
é
a convergência de todo o Universo no ínfimo instante do presente ( de cada acontecer)!
sexta-feira, setembro 22
imperfeições,,,perfeitas!
Quero sentir! ou,,, Agora Vou sentir!
e
zás flúi em nós o desabrochar de uma cor que nos altera os fluxos…
A resposta que encontro esboça, em cinzentos de duvida, que a Vontade apenas Lhe abre a porta, e vezes há que o sentir é tão intenso que não há vontade que lhe consiga travar a fúria porque o sentir lhe antecede os passos e a asfixia ( digamos que são sentires embebidos d'uma E N O R M E vontade!)…
Ah, amigos que me habitam o eu, deixem as portas abertas! Não! Abertas não! Deitem-nas fora e deixem-se invadir pelo turbilhão,,,quanto menos o reprimirmos, mais sereno se torna, e é na serenidade que se saboreia (sorve) toda a sua essência…
A vontade não gera sentires, apenas lhe é concedida a capacidade de os tentar conter…
quinta-feira, setembro 21
em silêncios...
(Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer)
quarta-feira, setembro 20
o acontecer
Retrato de um beijo de nuvens coloridas…que no escuro se transformam em luz,,, tempestade do grito.
Não há nada mais sereno que o silêncio que precede o trovão…é o silêncio da vida a espreitar…
Assim, ando eu,,, a espreitar, curioso de me ser no EU, concebido de ventos e de mar…
terça-feira, setembro 19
ecos,,,de cor
Dou comigo a vaguear com a agridoce ilusão de me descobrir na fantasia da cor…
segunda-feira, setembro 18
o desenho de uma nuvem
Não a vejo chuva,,, nem gota,,,mesmo que cada gota seja pedaço de chuva, mesmo que a chuva toda,,,seja uma Nuvem inteira!
Quando olho uma nuvem, mergulho na fantasia de a ver,,,Nuvem...
quinta-feira, setembro 14
ainda,,, o sonho
Só no sonho moldamos o tempo
e
nele ( sonho) não há física,
nem gravidade,
nem relatividade,,,muito menos química…
nele ( sonho) há o mistério da emoção do DESCOBRIR!
Soubesse eu distinguir os passos que dou,,,nele ( em destempo de mim),,, dos que gravo nas arreias que me azulam dos dedos da vida, e seria só multidão,,,sem o olhar de mim!
quarta-feira, setembro 13
enunciações,,,do sonho??? ( ou a teoria da inutilidade filosófica????)
ah! como é instável a verdade!!!!) um sonho que se desenha da ignorância da memória,,, o “ Futuro” também o é (sonho),,, Mas esse pinta-se da vontade irresistível de se transformar em memória!
In “ apontamentos para um manual da serenidade”, ou como é urgente que te apercebas que não tens um passado,,, tens “passados”,,, conforme ficaram desenhados na memória, tua e colectiva, e que o futuro depende da forma como o acaso se funde com a vontade de o seres (futuro), e a tua vontade, o teu querer, será primeiro, memória (tua),,,só depois colectiva!
segunda-feira, setembro 11
11 de Setembro, ou qualquer outro dia
Texto junto às torres: “2.863 pessoas morreram.”
Texto junto ao homem: “40 milhões de infectados pelo HIV no mundo.”
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a SIDA” .

Junto às torres: “2.863 pessoas morreram”.
Junto ao velho: “630 milhões de sem-teto no mundo”.
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a POBREZA”.

Junto às torres: “2.863 pessoas morreram”.
Junto ao garoto: “824 milhões de pessoas morrendo de inanição no mundo”.
“O mundo se uniu contra o terrorismo. Também deveria se unir contra a FOME.”
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sexta-feira, setembro 8
mais vale percorrê-lo
E
ZÁS!
Ignorá-lo assim, sem mais ( junto com a memória)…
Para quê, procurar uma saída se já perdemos a entrada
E tudo o que nos envolve são sombras e nadas????
Engano!
Se por ventura alguém apanhar a bola amarfanhada,,,COITADO! Não vai entender nada,
e
zangado-de-curiosidade,
também ele, devolve a bola, assim, sem mais, deitando-A fora!
E,
Deus meu, então é ver o labirinto a sorrir, fortalecido na sua enormidade, porque andou de mão em mão,
crescendo,
crescendo,
em bolas-cartas, à espreita,,, sem destino, de novo destinatário!
quinta-feira, setembro 7
labirintos
se transforma em deserto)
e
te sentes ponto ínfimo,( qual
gota de onda)
há um labirinto infindo
que te engole o olhar
fervilhando
dentro de ti…
Agiganta-se informe para te inquietar
(sem te ouvir
ou avisar, passa a ser estrela polar
que te leva
e
te guia)…
Não sentisses tu, esse labirinto
e
perdias-te
sozinho,
em ti...
Nota: Prometi, a mim mesmo e a quem (aqui e ali) me ouve que ia deixar de escrever sobre labirintos, mas a verdade é que o meu constante sentir de procura, inevitavelmente (con)funde-se num labirinto. Não é necessariamente angustiante, percorre-lo. Vezes há que ele se torna omnipresente, e essa omnipresença passa a guiar os teus passos. Nessas alturas, só há uma cousa a fazer, é aceitá-lo e divertires-te com ele. Descobri, nesta minha viagem, dois tipos de labirintos, os que não tem paredes e se tornam um enorme deserto, e os que se escondem em corredores sucessivos de muros. Ambos nos desorientam, ambos nos obrigam a mergulhar no mais profundo do nosso ser, para seguir caminho, tornando-se importantes porque nos obrigam a escolher sentidos.
Estar, ou Ser, num labirinto, torna-se uma constante inevitável da vida. Não é uma obsessão minha, muito menos uma tragédia. Aceitá-los passou a fazer parte do meu caminho para a serenidade.
quarta-feira, setembro 6
ultrapassagens
( estive tentado, num impulso inconsciente de escrever, “nunca”, " não queiras nunca" mas a palavra “nunca” é tão obscena com a palavra “sempre”,,, não gosto da palavra “sempre”, nem de outras que criam grilhetas nos passos. Deixem-me portanto manter a ilusão da minha própria liberdade, não as usando, apesar de as sentir…)
ultrapassar o Mundo,,,aprende a ser feliz, na procura da subtileza de te ultrapassares,,,em permanência…
In “ apontamentos para um manual da serenidade” , ou como devemos ter o cuidado de empurrar a meta para diante, à medida que nos aventuramos nos passos…
terça-feira, setembro 5
prolongamento do Ser
de jardim,( em ferrugens verdes de sombra)
dobrado de vida, estava um homem ( em silêncios de borboleta),,, apoiado nos sonhos…
desenhava, no céu ( com a lentidão da leveza),
bolas de sabão ( coloridas?)
subiam,
uma
e
uma
até ao nada…
ele,,,cantava ( contava?
recordava?)
uma
a
uma,
as horas da sua vida…
segunda-feira, setembro 4
preso no ver
da palavra
“olhar”,
e
no entanto,
todos os dias,
nas noites, (quando se acalma o sol)
sei,
que o que vi
no dia,( escuro,ou não),
foi diferente…
Tão díspar
do outro, que já não vejo
porque me fugiu no tempo…
Talvez por isso, sinta TUDO ( o que me coube nos passos),,,NOVO,
cada dia…
Assim,
a palavra, “olhar”,,, nasce, ( nos dias,,, Todos)
para mim,,,com a forma de futuros,
que me abraçam,
profundos,
sem fim,
no olhar…
domingo, setembro 3
outra forma de escrever uma carta
vermelha
de
sangues
e
jasmim…
Soprei-A,,, de ventos,
longe de ti.
Estilhacei-A
em mil cores
até
não ter cor,,,nenhuma…
Quando,
finalmente,
c
a
í
u,,,era lágrima
(agua pura,,,quase chuva)
de ti…
porque a tranformação não tem nome, nem hora
Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...
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deixei cair uma folha , vermelho-sangue, de outono… pousou-morta ( a folha? a dor? ), em silêncio, sem lágrima… só, ali, no chão, perto-de-...
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O sonho é um existir sem ossos, uma espécie de borboleta que transporta todas as cores e todas as palavras do universo em forma de história...
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Entrei numa Nau que rangia medos, sem vela nem ventos… Quem a leva são os gritos, os sonhos, os mitos… Caravela-caverna, escura cega, dos ol...