quarta-feira, setembro 20

o acontecer

A Lua anda a fingir-se Morte,,,eu também. Passos estranhos, sem sombra, desaguados,,,sem vida, As cores escoam com a suavidade do “acontecer”, barco sem leme, Linha precisa ( incisiva) da fatalidade do SER,,,como um rio que acata ser fecundo pelo mar e não se angustia,,,apenas vai,,,doce para o sal…
Retrato de um beijo de nuvens coloridas…que no escuro se transformam em luz,,, tempestade do grito.
Não há nada mais sereno que o silêncio que precede o trovão…é o silêncio da vida a espreitar…
Assim, ando eu,,, a espreitar, curioso de me ser no EU, concebido de ventos e de mar…

5 comentários:

Maria Alfacinha disse...

Talvez isso explicasse a dificuldade que eu tenho tido em te comentar. Fico perdida no teu EU sem palavras por as achar desnecessárias.
Não é ausência, acredita !

Beijo para ti

almaro disse...

maria alfacinha: eheheheh ao ler o teu comentário, tive o impulso de pensar "esta cachopa arranjou uma maneira delicada de dizer que ando confuso". Instantes depois, senti que não, mas ficou-me a duvida de me andar a confundir nas palavras...talvez para me proteger daquela "nudez" de que falas do teu Eu. Seja o que for. Estou de facto confuso, porque tento equilibrar com a serenidade a fúria que me vai na alma. É um confronto engraçado, assistir a esta luta de Eu´s sem deixar que eles se desconjuntem e mantenham no UM a sua integridade vital!
( não dizia...ando confuso...vou fazer greve de palavras. prometo!)

almaro disse...

nani: nenhuma palavra perde o sentido, a palavra é um sentido, porém as minhas, andam meio baralhadas e empertigam-se todas como se fossem uma árvore cheia de ramos disformes a precisarem de uma valente tosquia. Mas nestes momentos, em que mergulhamos fundo, no mais fundo de nós, é inevitável encontrar os sentidos todos que uma palavra tem, e dar-lhes coerência é tão vital como existir. É no fundo a eterna procura de saborear a vida, mesmo que seja uma verdadeira tormenta o caminho que nos empurra. O mar turbulento apenas exige concentração e vontade,,, existindo, até o ir em tumulto se torna serenamente saboroso...Tirar prazer do ir, é isso que as minhas palavras levam no sentido, seja qual for o ir!

Fátima Santos disse...

e (me)li eu: Assim, ando eu,,,a espreitar, curioso de me ser no Eu, concebido de ventos e de (A)MAR!
Abraço.

almaro disse...

seilá: gosto do que (te) li, assim no eu que é teu, sentido do escrito do eu (meu).

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...