Olhei o dia,
de frente,
(…arde um fogo calmo,,,quente…)
em desafios irreais…
Agarrei-o,
no alto
e
preguei-o, para que ficasse, ali, de parede, pintado em memórias…
(como quem colhe uma flor, na ilusão de transformar,,,a jarra)…
Olhei-o, fixo, despregado de mim…
(De que vale ficar frio,,,assim?, descontínuo de passos, perdidos no Aqui?)
Por vezes, acordo assim, sem vontade de me passear no dia, permitindo que ele escoe, sem o olhar, sem lhe gravar passos.
Nestes dias, o tempo torna-se omnipresente com uma intensidade gigante, abraçando-nos numa angústia que nos paralisa os respirares.
Cair na tentação de não viver o dia, é mergulhar num abismo de silêncios.
Quando assim é resta-me vagabundar com a lentidão dos passos indecisos, para que o dia não pare dentro de mim e me atrase os futuros…
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
quinta-feira, novembro 16
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1 comentário:
maria:tão longos que continuam presentes na noite...
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