sexta-feira, novembro 3

parar,,,o tempo

Ele ( cousa estranha esta, de chamar ao Eu,,,Ele !) voltava todos os dias, ao mesmo instante (*),,,ao mesmo lugar, para ver o Sol desfazer-se do dia, no Mar. Dia após dia,,,na ilusão de assim, parar o tempo. ( como um fonte luminosa, que se ilude pintar a água em caleidoscópios infantis, e no entanto (a agua), continua translúcida, lúcida de transparências puras…)

(*) voltava, não à mesma hora,,,que o Mundo tem artes bizarras de andar por aí “vagueante” sem respeito por horas ou relógios, o mesmo instante, é o do “desdormir” da noite, aquele em que o Sol se “des(h)orizonta”...

6 comentários:

Maria Alfacinha disse...

"Ela (cousa estranha esta, de chamar ao Eu,,,Ela !) voltava todos os dias"
Apeteceu-me brincar com as tuas palavras que, se encaixam bem no que te vinha dizer.
É que eu venho todos os dias, nem sempre à mesma hora. Nem sempre comento, faltam-me por vezes as palavras, outras vezes gosto do silêncio em que fico.
Não é abandono, não é sequer esquecimento, não é nada de mau.
É... apenas !
E hoje quis que soubesses que venho. Todos os dias.
Beijo do tamanho da Lua, meu querido amigo

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

...não à mesma hora, voltava, sem respeito por horas ou relogios, que o mundo tem artes bizarras de andar por aí vaguendo, é do não dormir, da noite, em que o Sol não se horizonta...

Fragmentos Betty Martins disse...

Querido Almaro

Como fala o silêncio
que se [re]faz
ou
se ilude no mar
grave miragem
a mim chamei
se foi meu destino
ou
hora marcada
[des[norte
que não me perturba
um-quase-nada

viagem que comecei
...no parar de ponteiros
dum olhar
que teima ser relógio
num peito a bater...

Beijinhos
Boa Semana

almaro disse...

Maria Alfacinha: sinto-te os passos, em silencio, nos silêncios de ti. sinto a voz sem palavras, a sorrir. sinto que passa um brisa, entre letras a voar no silêncio do sentir. sinto que passas, por aqui sem fingir...

almaro disse...

pi: o sol aí, nessa ilha distante horizonta-se, aqui nesta terra de instantes, deshorizonta-se sem mim...
ps: que raio de comentário este ( o meu)mas foram as palavras que cairam assim, assim ficam ( defuntas,,,de mim)

almaro disse...

betty :O silêncio, este que me abraça, interrogativo, perde-se no eco do mar e do vento. longe do destino, impõe destinos sem gritos,,, famintos… [ de existir sem labirintos]

porque a tranformação não tem nome, nem hora

Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio...