Primeiro, pensei, com a sinceridade do instante que era o Fim, de um olhar, de um caminho, mas ( no final) o caminho não o tem, (Como um fio de teia ( de aranha ou de homem), mesmo quebrada, prende).
O horizonte, essa linha indefenida que desenha sonhos, permanece, e o que surgiu de um "Almaro" cansado de se equivocar nos eus, foi um Jeremias, meio palhaço, meio nada, transmutado no caminho, mas sem se enganar com o que via ( sentia),pois o que levava no olhos, era o ir.
Assim, quase do nada, mas carregando o horizonte, tropecei em JEREMIAS.
não sou artista, nem poeta, nem cousa alguma, sou desenhador de sentires que em acasos brinca com o lápis de cor em forma de "olhar"
domingo, abril 29
terça-feira, abril 3
Fui invadido por um nevoeiro de palavras.
Brancas.
Opacas, iguais.
Preso no labirinto de não me ser novo,,,(Sonho nocturno da angustia de ser tempo gasto, morto nas voltas de um Tempo espesso. Parado. Estrela escondida no eclipse da alma. )
Paro!
Apenas respiro, como quem procura odores, ou cores. Tudo o mais é branco. Negro (?). Tanto Faz. É igual a monotonia das palavras que se transformam num som repetido, lento. Morto.
Fujo!
De mim (?)
Não sei. Não me vejo, neste nevoeiro, branco que me fere o sentir.
Olho o muro, (labirinto?) cheio de palavras. Todas as palavras. Empacotadas em papel pardo. Iguais. (Mutação de Kafka ?). As palavras iguais, são moscas. Zumbem um som de morte. Branco? Negro? Denso? Baço!
Confundo o muro com o horizonte! Estou perdido, no eu e nas palavras. Desconheço-me! Desencontro-te!
Respiro. Ainda. Na lentidão de quem se perde no labirinto de si!
Até as asas são de palavras de papel. Iguais a todas as asas de papel, desenhadas na ilusão de voarem na imaginação.
Passeio na silhueta do sol. Na intensidade do vazio que cega, sem sombras, sem Negros. Vazio! De palavras.
Só o novo se sente, tudo o resto é impulso, é respirar!
Vou!
Mais uma vez,
decido de vez!
Vou na incerteza de encontrar a palavra que voa, sem papel, no sentir, longe da imaginação!
Ah isto de ser lagarta a enrolar-se em teia de aranha, é cousa para que não nasci!
Vou, para o longe de mim.
Agora!
Já!
(antes que me encasule…)
Não sei quando volto. Se volto. Pouco importa. Não há porta, nem janela.
Adeus, almaro…
Desde que nasci, que ando curioso de saber como se escreve a Palavra FIM.
Afinal tem três letras, e um ponto. O ponto é maior que a palavra, porque esse é FINAL!
Será esta a sensação da morte??? Livre de mim??????
Brancas.
Opacas, iguais.
Preso no labirinto de não me ser novo,,,(Sonho nocturno da angustia de ser tempo gasto, morto nas voltas de um Tempo espesso. Parado. Estrela escondida no eclipse da alma. )
Paro!
Apenas respiro, como quem procura odores, ou cores. Tudo o mais é branco. Negro (?). Tanto Faz. É igual a monotonia das palavras que se transformam num som repetido, lento. Morto.
Fujo!
De mim (?)
Não sei. Não me vejo, neste nevoeiro, branco que me fere o sentir.
Olho o muro, (labirinto?) cheio de palavras. Todas as palavras. Empacotadas em papel pardo. Iguais. (Mutação de Kafka ?). As palavras iguais, são moscas. Zumbem um som de morte. Branco? Negro? Denso? Baço!
Confundo o muro com o horizonte! Estou perdido, no eu e nas palavras. Desconheço-me! Desencontro-te!
Respiro. Ainda. Na lentidão de quem se perde no labirinto de si!
Até as asas são de palavras de papel. Iguais a todas as asas de papel, desenhadas na ilusão de voarem na imaginação.
Passeio na silhueta do sol. Na intensidade do vazio que cega, sem sombras, sem Negros. Vazio! De palavras.
Só o novo se sente, tudo o resto é impulso, é respirar!
Vou!
Mais uma vez,
decido de vez!
Vou na incerteza de encontrar a palavra que voa, sem papel, no sentir, longe da imaginação!
Ah isto de ser lagarta a enrolar-se em teia de aranha, é cousa para que não nasci!
Vou, para o longe de mim.
Agora!
Já!
(antes que me encasule…)
Não sei quando volto. Se volto. Pouco importa. Não há porta, nem janela.
Adeus, almaro…
Desde que nasci, que ando curioso de saber como se escreve a Palavra FIM.
Afinal tem três letras, e um ponto. O ponto é maior que a palavra, porque esse é FINAL!
Será esta a sensação da morte??? Livre de mim??????
That Old Devil

Adivinhava-lhe o conteúdo, por isso olhei-o com ternura, expectativa e emoção.
Ali pousado na serenidade de um tempo que parou, estava o fruto de uma experiência de amizade.
Antes de o abrir, como quem precisa de um cigarro, coloquei em som de fundo um cd. Dessa "caixinha de musica" ( afinal tudo começa com uma caixinha...) evoluiu uma voz serena, que “melodiava” afectos. Foi essa voz, não da Billie Holiday, mas de uma outra mulher inconformada que lançou os laços de uma aventura escrita “That old devil“.
Recordo o carinho e a emoção, como fomos cada um de nós, lendo e relendo cada capitulo desta nossa aventura.
Lembro com angustia o desaparecimento da mãe de todo este envolvimento;
Lembro o sorriso que me fugiu quando dois anos depois, inconformada ainda, reapareceu a voz e a mulher que num determinado momento das nossas vidas foi nossa maestro;
Não é certamente uma obra literária, pois o que nos uniu, não foi necessariamente a escrita, foi o facto de não nos conhecermos e apesar disso nos sentirmos amigos de cada um que deixou a sua história escondida na história do “old devil”.
Hoje os tempos são outros. O almaro que participou nesta aventura morreu, cansado de sombras, cansado de correr atrás das suas cores. Outros que participaram na história há muito que se esconderam ou noutras personagens ou em personagem nenhuma.
Fica para a nossa própria história, este pequeno livro, fecundado por um amor estranho, sem nome, que nos uniu a todos num determinado instante das nossas vidas…
Um beijo sem tamanho para ti Inconformada, que tiveste a magia de seres inteira nesta aventura…
segunda-feira, março 26
Nos passos que fundo na terra, oiço sussurros que me olham ( divertidos?)
Tenho no jardim arvore estranha ( sonhadora?).
dá frutos em forma de pássaro e é bizarra no falar ( não assobia escondida no vento, como todas as outras que falam,
gesticula com cores que esconde nos verdes e nas sombras...)
dá frutos em forma de pássaro e é bizarra no falar ( não assobia escondida no vento, como todas as outras que falam,
gesticula com cores que esconde nos verdes e nas sombras...)
sexta-feira, março 23
quinta-feira, março 22
receituario para um esboço de sorriso
Pequei em sete folhas caídas ( sete!
com veias de rios secos. dormiam no chão, mortas de cansaço e de verdes). triturei-as em pó (poeira d’arvore…
plátanos? castanheiros?).
juntei água e moldei tudo, com vermelhos, amarelos e azuis (transparentes
de vazios), depois,,,depois larguei o molde no voar ( pássaro de mim,
colibri-do-mar)
com veias de rios secos. dormiam no chão, mortas de cansaço e de verdes). triturei-as em pó (poeira d’arvore…
plátanos? castanheiros?).
juntei água e moldei tudo, com vermelhos, amarelos e azuis (transparentes
de vazios), depois,,,depois larguei o molde no voar ( pássaro de mim,
colibri-do-mar)
quarta-feira, março 21
quando se escreve sem as palavras e apenas se desenha o que o espelho nos mostra
sorrio! ( hoje acordei despido de manhãs...)
segunda-feira, março 19
abro a porta de uma noite, como quem desenha um eclipse
Canso-me de escrever o escuro ( na noite da alma), pinceladas ( sórdidas) de mim, como quem se estilhaça no eu, à procura de um fim…
Ah,
esta mania de levar nos passos a alma, vai acabar no abismo-profundo-do-silêncio, pendurado na solidão de um sonho que se perdeu dos azuis voláteis…
Ah,
esta mania de levar nos passos a alma, vai acabar no abismo-profundo-do-silêncio, pendurado na solidão de um sonho que se perdeu dos azuis voláteis…
sexta-feira, março 16
Não procuro o sonho nos passos que piso. Se o achar, não é sonho, é um desenho inacabado por colorir)
Tinjo de negro-andorinha a sombra que se rasteja no eu ( para ter certo que o sonho que pinto-e-vejo, não morreu...)
quarta-feira, março 14
Sentei-me na terra, escura de sombras e de espantalhos, resguardado na luz que escapa dos orifícios dos botões,
(olhos em madrepérola-púrpura alinhavados na estopa que lhe dá a face, com cordas de harpa)
Esqueço. (Tudo). Na memória-dos-sorrisos, como quem cheira o vento e parte ( sem sentir o perigo
do desnorte)
no sentido das estrelas que embalam ( num abraço
de morte)
os pássaros que esvoaçam nas vestes ( amarelo-trigo) de um palhaço de olhos tristes. Esqueço,,,tudo…e vou descobrir os cristais que desenham as lágrimas...
Esqueço. (Tudo). Na memória-dos-sorrisos, como quem cheira o vento e parte ( sem sentir o perigo
do desnorte)
no sentido das estrelas que embalam ( num abraço
de morte)
os pássaros que esvoaçam nas vestes ( amarelo-trigo) de um palhaço de olhos tristes. Esqueço,,,tudo…e vou descobrir os cristais que desenham as lágrimas...
terça-feira, março 13
corro no vento de um sonho que se desenha em sépias, na desventura de reinventar a fronteira do abismo
e colori-lo nas sombras do abutre que paira suavemente belo nos silêncios do existir
Queria sentir ( na exaustão de mim) a intensidade do escuro, Mergulhar para além do negro e deixar-me deslizar ( qual rio) no eu que se transmuta na noite que proíbe a luz e o cio!
Queria sentir ( na exaustão de mim) a intensidade do escuro, Mergulhar para além do negro e deixar-me deslizar ( qual rio) no eu que se transmuta na noite que proíbe a luz e o cio!
segunda-feira, março 12
as palavras choram em soluços, sem cor nem vontade. Pedaços de um nada que se engasgam na voz
as palavras,
têm silêncios de revolta.
as palavras,
estão presas em labirintos de aranha.
as palavras,
perdem-se submissas na multidão que lhes sangra os sentidos.
as palavras,
marulham como ondas num mar de vazios.
as palavras,
são terra arada num sol de sementes.
as palavras,
vão em passos perdidos do Um, em novelos de horizontes…
têm silêncios de revolta.
as palavras,
estão presas em labirintos de aranha.
as palavras,
perdem-se submissas na multidão que lhes sangra os sentidos.
as palavras,
marulham como ondas num mar de vazios.
as palavras,
são terra arada num sol de sementes.
as palavras,
vão em passos perdidos do Um, em novelos de horizontes…
sexta-feira, março 9
Há abismos que nos empurram para a vertigem do renascer com a dor de quem suicida o olhar
Cavo ( fundo), com uma enxada que me pesa nos braços, a escuridão de uma cor envergonhada, como quem sepulta uma semente abandonada de destinos…
quarta-feira, março 7
Deixei escorregar as tintas em lágrimas de vento na lentidão de quem aguarda a transformação dos perfumes…
Pinto-te ( nos cabelos de mulher) , colorida de ventos, iludido que dançavas no desequilíbrio do sonho…
terça-feira, março 6
Procuro o vazio da alma, com a vontade animal de o preencher com o horizonte que se desenha entre a onda e a areia..
Parte de mim não existe, as outras perderam-se e o eu que me ilude a soma é um estilhaço colorido que esvoaça numa gaivota adormecida…
segunda-feira, março 5
Desenho com os passos que os olhos levam, a calçada que sobe ao Chiado, onde me perco no labirinto de mim, entre livros e memórias...
Subo, lento a calçada da cidade ( em retrato a preto e branco, granulado, com reflexos a Sol),
Arrasto comigo as pedras de calcário e, subo lento, envergonhado,
cego de gente que caminha a meu lado( em silêncios áridos, calcados),
vou lento de olhar vendado, nas asas da memória que voa entra as asas de uma pomba-gaivota... Com os olhos de basalto subo, ao alto a calçada, abraçado ao vento…
Arrasto comigo as pedras de calcário e, subo lento, envergonhado,
cego de gente que caminha a meu lado( em silêncios áridos, calcados),
vou lento de olhar vendado, nas asas da memória que voa entra as asas de uma pomba-gaivota... Com os olhos de basalto subo, ao alto a calçada, abraçado ao vento…
sexta-feira, março 2
...(III)
Procuro, na cidade, um espaço de luz e gaivotas. Escolho nos passos a sombra, o silêncio, para sentir o movimento, na pele...
(respiro,
como se mergulhasse na fantasia de existir)
(respiro,
como se mergulhasse na fantasia de existir)
quinta-feira, março 1
..(II)
Tacteio, cego
o teu rosto,
gravo a imagem,
pele com pele, Onda de vento que aquece um suspiro…
(Por vezes, só ás vezes, paro nas palavras, na escuridão do sentir para te deixar passar sem perfume e fico ( só ás vezes) a sonhar…
Por vezes estremeço, ou esqueço o que vi e volto a acordar ( recordar?) no olhar que já vivi,
Por vezes, só por vezes, esqueço-me de ti…)
o teu rosto,
gravo a imagem,
pele com pele, Onda de vento que aquece um suspiro…
(Por vezes, só ás vezes, paro nas palavras, na escuridão do sentir para te deixar passar sem perfume e fico ( só ás vezes) a sonhar…
Por vezes estremeço, ou esqueço o que vi e volto a acordar ( recordar?) no olhar que já vivi,
Por vezes, só por vezes, esqueço-me de ti…)
quarta-feira, fevereiro 28
.(I)
Um ponto, Um só ponto e eu parava, mas há em mim uma revolta de existir, de dividir, em mil cores as sombras que me acordam, Estilhaços de pó, Um atrás do outro, São o meu caminho, moldado ao vento.
Um ponto, um só. Final…
Um ponto, um só. Final…
sexta-feira, fevereiro 23
ZECA
Simplesmente, recordo-te,
mais que o cantar,
o olhar doce de um menino-revolução,
recordo a tua figura de homem calmo que incendeia o mundo, mais que o poema,
recordo o homem que sentia a morte e se deixava ir na corrente da vida, com o coração...
"pamparariripam-pamparariripam, vamos cantar as janeiras, por esses quintais a dentro vamos, ás raparigas solteiras, pamparariripam-pamparariripam, pampampam..."
recordo o batuque dos teus olhos calmos a abalarem os alicerces do mundo e da hipocrisia, dos homens-poder,
recordo o homem-menino, mais que o poeta, mais que o trovador,
recordo o homem que se passeava em camisa de pescador e que libertava a liberdade ao som de uma guitarra-tambor…
recordo,
simplesmente o Homem…
Um abraço sentido, do zé para o Zeca*, homerm-menino que olhava a morte com a doçura de um sorriso…
*a Zeca Afonso, vinte anos depois...
mais que o cantar,
o olhar doce de um menino-revolução,
recordo a tua figura de homem calmo que incendeia o mundo, mais que o poema,
recordo o homem que sentia a morte e se deixava ir na corrente da vida, com o coração...
"pamparariripam-pamparariripam, vamos cantar as janeiras, por esses quintais a dentro vamos, ás raparigas solteiras, pamparariripam-pamparariripam, pampampam..."
recordo o batuque dos teus olhos calmos a abalarem os alicerces do mundo e da hipocrisia, dos homens-poder,
recordo o homem-menino, mais que o poeta, mais que o trovador,
recordo o homem que se passeava em camisa de pescador e que libertava a liberdade ao som de uma guitarra-tambor…
recordo,
simplesmente o Homem…
Um abraço sentido, do zé para o Zeca*, homerm-menino que olhava a morte com a doçura de um sorriso…
*a Zeca Afonso, vinte anos depois...
quinta-feira, fevereiro 22
Olhei uma palavra cheia de letras vazias, soprei-a e descobri uma pequena gota de um grito seco sem som, que corria, cega para o rio…guardei-a,
sem saber o que fazer dela...
Aqueci uma lágrima em fogo de alma, encontrei-a gélida de morte, entre as asas de uma gaivota, guardei-a bem fechada na minha mão, a passear-se na linha da vida...
Aqueci uma lágrima em fogo de alma, encontrei-a gélida de morte, entre as asas de uma gaivota, guardei-a bem fechada na minha mão, a passear-se na linha da vida...
quarta-feira, fevereiro 21
voa no silêncio da musica, uma musa de asas-luz, zumbe segredos, cristais magoados, martelados nos montados.
o vento (visível)
falou-me nos olhos
e esvaziou-me de todos os passos ( que não dei…
sonho?)
segredo que só eu sei
que não escrevi,
não desenhei ( cousa minha…
sonho?)
frágil,
sensível
vitral (invisível?)
estilhaços vagabundos,
palhaço-azul, com asas-de-bruma,
de um sonho ( impossível?)
falou-me nos olhos
e esvaziou-me de todos os passos ( que não dei…
sonho?)
segredo que só eu sei
que não escrevi,
não desenhei ( cousa minha…
sonho?)
frágil,
sensível
vitral (invisível?)
estilhaços vagabundos,
palhaço-azul, com asas-de-bruma,
de um sonho ( impossível?)
terça-feira, fevereiro 20
Insisto em ouvir o voar e fundir-me nas memórias que vou pintando devagar, sem desenho. Não é cousa de brincar…é caminho de existir...
Está um urso deitado ao sol em cinzentos nuvem…gosto de me passear em nuveares. Encontram-se todas as fantasias que os olhos desenham sem cor .
A imaginação só tem cor em reflexos, misturados nas sombras que nos falam em segredos (de memórias irrequietas).
A imaginação só tem cor em reflexos, misturados nas sombras que nos falam em segredos (de memórias irrequietas).
segunda-feira, fevereiro 19
A musica da pele, mistura-se no odor da canela e do cachimbo-fumo, em azuis prata que inventam rumos…
Oiço os tambores que trovejam em gritos de alma,
Suspiros de sereia que se finge papoila de areia-coral,
desenhada num mural,
por um poeta-pintor que perdeu o olhar e a dor,
ao apaixonar-se, por essa flor sem corpo,
sem tons,
sem cor…
Oiço as lágrimas-da-pele, que escorrem da saliva da chuva,
nesta noite escura,
nos abismos sem sons
que os sorve,
num golo só,
o mar que a envolve…
Suspiros de sereia que se finge papoila de areia-coral,
desenhada num mural,
por um poeta-pintor que perdeu o olhar e a dor,
ao apaixonar-se, por essa flor sem corpo,
sem tons,
sem cor…
Oiço as lágrimas-da-pele, que escorrem da saliva da chuva,
nesta noite escura,
nos abismos sem sons
que os sorve,
num golo só,
o mar que a envolve…
sexta-feira, fevereiro 16
O sol cai muitas vezes longe do azul, grávido d’horizontes. Nesses dias a gaivota só tem poesia de cinzentos...
por vezes penso ( ou procuro?)
o que se afasta de mim nos caminhos, entre-vazios, caídos num abismo de sentires…
por vezes fujo ( ou procuro?)
sentidos, fingidos de ventos…
por vezes escavo ( ou procuro?)
a escultura de uma sombra que se perdeu, escrava de ti…
por vezes procuro
nas letras que faço, o eu que há em mim…
o que se afasta de mim nos caminhos, entre-vazios, caídos num abismo de sentires…
por vezes fujo ( ou procuro?)
sentidos, fingidos de ventos…
por vezes escavo ( ou procuro?)
a escultura de uma sombra que se perdeu, escrava de ti…
por vezes procuro
nas letras que faço, o eu que há em mim…
terça-feira, fevereiro 13
assolou, em mim a estranha sensação de ter perdido o medo de cair, mas de o ter,( forte e incisivo) na vontade de me erguer...
Não sei
qual a verdade que se esconde na cal do labirinto que me sopra o vento,
se este céu que me rouba o ir,
se esta lágrima-de-chuva que me gela o sentir,
se esta andorinha que voa à procura de partir,
(Não sei porque insisto neste olhar vagabundo, como se fosse um desenho de criança por colorir…)
Ah, mas sei,
(sim sei)
o quanto vivo nesta ilusão de existir, seja qual for a verdade que descobrir…
qual a verdade que se esconde na cal do labirinto que me sopra o vento,
se este céu que me rouba o ir,
se esta lágrima-de-chuva que me gela o sentir,
se esta andorinha que voa à procura de partir,
(Não sei porque insisto neste olhar vagabundo, como se fosse um desenho de criança por colorir…)
Ah, mas sei,
(sim sei)
o quanto vivo nesta ilusão de existir, seja qual for a verdade que descobrir…
segunda-feira, fevereiro 12
vezes há que partimos na incerteza de irmos, firmes, inteiros presos na magia de não sermos ninguém…
Não queria estar aqui, sentado a voar sem mim,
( resta-me um fio,
cousa leve,
tecido de seda, preso aos olhos do universo)
mas estou, (aqui),
a varrer os fragmentos de pólen e das pétalas que partiram à deriva de mim…
( resta-me um fio,
cousa leve,
tecido de seda, preso aos olhos do universo)
mas estou, (aqui),
a varrer os fragmentos de pólen e das pétalas que partiram à deriva de mim…
quinta-feira, fevereiro 8
perdi o instante do tempo, ia distraído a pintar o céu de violetas. Tempestade do aqui, inteiro, sem mim…
O sol rasgou o céu e desfez-se em azuis, Só os pássaros o sentem, nos equilíbrios do vento
e as arvores, catedrais dos Deuses, fingem-se cristais, Sombras verdes a assobiar fantasias…
É assim o meu dia,
ser
na melancolia de me perder no instante que antecede o amanhecer…
e as arvores, catedrais dos Deuses, fingem-se cristais, Sombras verdes a assobiar fantasias…
É assim o meu dia,
ser
na melancolia de me perder no instante que antecede o amanhecer…
quarta-feira, fevereiro 7
nos tempos em que sonhava ao amanhecer, ouvia os sons da alma em formas de lágrima, vezes havia, que se transformavam num violino doido,
dorido, sofrido que desenhava histórias a fingir, e eu ia, não fingindo, fugindo,,,vivê-las...
Oiço-te, Chopim, desde o longe da memória,
violinos-de-sol de um menino-endiabrado…
Oiço-te, no sonho da história,
(fantasia minha, de ontem, de hoje, do agora)
agarrado à crina de um cavalo alado…
Oiço-te, violino-monge,
de olhos alagados,
em silêncios calados…
Violino-cigano
( piano?)
enfeitiçado…
oiço-te, nos passos, dados
d’uma bailarina de pano
que dança
no acordar de uma criança…
Oiço-te, Chopim, desde o longe da memória,
violinos-de-sol de um menino-endiabrado…
Oiço-te, no sonho da história,
(fantasia minha, de ontem, de hoje, do agora)
agarrado à crina de um cavalo alado…
Oiço-te, violino-monge,
de olhos alagados,
em silêncios calados…
Violino-cigano
( piano?)
enfeitiçado…
oiço-te, nos passos, dados
d’uma bailarina de pano
que dança
no acordar de uma criança…
segunda-feira, fevereiro 5
passeio no escuro a fantasia de ser o sol a brincar com aguarelas
Escondi a lua no olhar
e perdi-me no espelho,
a desenhar, (com o pólen,
fino
e colorido, das borboletas )
flores nocturnas ( cristais de prata)
numa noite sem estrelas....
e perdi-me no espelho,
a desenhar, (com o pólen,
fino
e colorido, das borboletas )
flores nocturnas ( cristais de prata)
numa noite sem estrelas....
quinta-feira, fevereiro 1
Por vezes perco-me quando encontro o mar. duvido tudo,,, só o som do búzio me sabe falar. Não diz, não cala, transforma-se em ar
Ah,,,fosse eu a raiva deste mar-animal
e
saberia de cor, a cor deste azul-sal
que se entranha,
estranho, no abismo que se fende
neste sonho, real
de ser nuvem-sangue,
que se passeia
cega
no areal…
( para que fique claro
e
não se duvidem das cores que pintam e dividem as palavras, o areal que se diz, está encoberto de sementes de girasol que alimentam o farol, de amarelos queimados pelas estrelas que dançam e velam lentos, quais bailarinas vestidas de lençóis, coloridas de ventos)…
e
saberia de cor, a cor deste azul-sal
que se entranha,
estranho, no abismo que se fende
neste sonho, real
de ser nuvem-sangue,
que se passeia
cega
no areal…
( para que fique claro
e
não se duvidem das cores que pintam e dividem as palavras, o areal que se diz, está encoberto de sementes de girasol que alimentam o farol, de amarelos queimados pelas estrelas que dançam e velam lentos, quais bailarinas vestidas de lençóis, coloridas de ventos)…
quarta-feira, janeiro 31
Desenho em pó de giz o que o vento me diz, pigmentos em chama que se gravam na alma, incompletos, imperfeitos,,,vivos
Parei para te ver
(de fronte)
para te desenhar
(ao pormenor)...
Só me falta um traço
( num único esboço que faço)
e
cor…
Espero que a gaivota passe
e
pinto o perfume da fonte que nasce,
esculpida na alma d’uma flor…
Só me falta um passo
para dizer “amor”…
Coisa simples,
um pouco de terra,
um beijo semente
sete lágrimas ( uma de cada cor,
sem dor)
e
sol
suave, quase ternura…
Simples
esta escultura
gravada em pedra pura...
Só me falta um traço
e
cor…
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
o Palhaço de D. Quixote foi à China e ficou de olhos em bico
(de fronte)
para te desenhar
(ao pormenor)...
Só me falta um traço
( num único esboço que faço)
e
cor…
Espero que a gaivota passe
e
pinto o perfume da fonte que nasce,
esculpida na alma d’uma flor…
Só me falta um passo
para dizer “amor”…
Coisa simples,
um pouco de terra,
um beijo semente
sete lágrimas ( uma de cada cor,
sem dor)
e
sol
suave, quase ternura…
Simples
esta escultura
gravada em pedra pura...
Só me falta um traço
e
cor…
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
o Palhaço de D. Quixote foi à China e ficou de olhos em bico
segunda-feira, janeiro 29
Entras de noite, sem sombras, negra, escura de perfumes suaves, a abraçar-me a ilusão com se colorisses a solidão do sonho
por vezes, à noite,
no silêncios dos pássaros
vejo-te
( em passos lentos)
e
oiço-te os olhos ( de
alabastros-negro)
a cantarem,
saudade
em sussurros baços
e
beijo-te
como se fosses
verdade.
no silêncios dos pássaros
vejo-te
( em passos lentos)
e
oiço-te os olhos ( de
alabastros-negro)
a cantarem,
saudade
em sussurros baços
e
beijo-te
como se fosses
verdade.
quarta-feira, janeiro 24
Dias lentos, que se entre laçam na pele cavando interiores,,,cavernas sem fuga
agarrei no eu, com todo o cuidado
coloquei-o de fronte
e
fitei-o…
andei por ali, ao redor, de cima para baixo
e
em sentidos contrários,
ao lado…
estava estragado…
(fundo)
e, eu, ali, a olhá-lo,,, desfocado…
( subterrâneo,,,cutâneo, defecado de mim…)
...
( defunto?)
coloquei-o de fronte
e
fitei-o…
andei por ali, ao redor, de cima para baixo
e
em sentidos contrários,
ao lado…
estava estragado…
(fundo)
e, eu, ali, a olhá-lo,,, desfocado…
( subterrâneo,,,cutâneo, defecado de mim…)
...
( defunto?)
segunda-feira, janeiro 22
os olhos pensam, quando cegos, desenham quando secos, só depois choram…
Transporto nos olhos uma guitarra de silêncios…
…
Vazios
…
(Cigarra nocturna,
que ara a terra ao
som de búzios,
na sombra da lua,
que erra nos rios,
cobertos de hera.)
…
Transporto nos olhos uma lágrima da guerra…
…
Vazios
…
(Cigarra nocturna,
que ara a terra ao
som de búzios,
na sombra da lua,
que erra nos rios,
cobertos de hera.)
…
Transporto nos olhos uma lágrima da guerra…
sexta-feira, janeiro 19
agarrar o dia, com dedos pinça, quase afecto, carícia e pintá-lo com pincel d’agua abraçado pelo sopro leve das asas do vento,
é brincadeira minha quando o dia nasce perdido na névoa…
acordei em dia, pintado de pedaços,
(destroços,
insangues
langues,
mornos,
distantes),
peguei nele. embrulhei-o em papel (de Natal).
guardei-o. pendurado no nevoeiro que apareceu,
matreiro, a colorir o papel…
aguarela?
pastel?
amarelo-real, castanho-mel!
o dia voltou,,, (na noite a seguir)…
eu?
não quis ir…
preso no pólen
a desenhar borboletas
(quase cor, a girar em carrossel, sem girafas de papel)
fiquei,
estanque,
a ouvir as asas, em movimentos de pincel…
( já ouviram o que dizem as asas a voar d’uma borboleta, desenhada no pó do pólen de um nevoeiro, sorrateiro de brisas lazulis? já?
oiçam com olhar gigante! parece sereia a cantar saudades do amante, sopro de vento navegante,
reflexo,
lágrima de diamante… )
acordei em dia, pintado de pedaços,
(destroços,
insangues
langues,
mornos,
distantes),
peguei nele. embrulhei-o em papel (de Natal).
guardei-o. pendurado no nevoeiro que apareceu,
matreiro, a colorir o papel…
aguarela?
pastel?
amarelo-real, castanho-mel!
o dia voltou,,, (na noite a seguir)…
eu?
não quis ir…
preso no pólen
a desenhar borboletas
(quase cor, a girar em carrossel, sem girafas de papel)
fiquei,
estanque,
a ouvir as asas, em movimentos de pincel…
( já ouviram o que dizem as asas a voar d’uma borboleta, desenhada no pó do pólen de um nevoeiro, sorrateiro de brisas lazulis? já?
oiçam com olhar gigante! parece sereia a cantar saudades do amante, sopro de vento navegante,
reflexo,
lágrima de diamante… )
quinta-feira, janeiro 18
Jogava pedras, esculpidas para o céu, e imaginava-as nuvens, quando chovia punha-me a adivinhar em cada gota, qual a minha pedra colorida
o céu iluminou-se (de noite) com pingos de luz a derreterem-se em sonhos…
descobri um, perdido,
gasto,
(era meu)
já antigo,
lembro (eu)
de o atirar para o céu
era,
(ainda)
menino,
sonho traquino que brincava divertido com um amor-pequenino…
encontrei-o,
esbatido,
pó colorido
de um sonho
(já)
vivido…
descobri um, perdido,
gasto,
(era meu)
já antigo,
lembro (eu)
de o atirar para o céu
era,
(ainda)
menino,
sonho traquino que brincava divertido com um amor-pequenino…
encontrei-o,
esbatido,
pó colorido
de um sonho
(já)
vivido…
quarta-feira, janeiro 17
tudo o que sou está do lado de fora, em formas de tudo, Pesa o-que-o-olhar-desenha e voa com o sentir…
dentro de mim não há nada, (som cego),
oco,
eco?
sonho?
o que tenho está,
na pena-d’asa-de-uma-cotovia, (no-olhar-que-pensa)
e
cai,
quase leve,
suspensa,
no dia.
oco,
eco?
sonho?
o que tenho está,
na pena-d’asa-de-uma-cotovia, (no-olhar-que-pensa)
e
cai,
quase leve,
suspensa,
no dia.
segunda-feira, janeiro 15
Ando em equilíbrios instáveis, por entre linhas do horizonte, a brincar com destinos e acasos, indeciso de ser trovador de papel, ou almocreve,
que escreve indelével, a brisa que me leva o olhar...
durmo, pendurado no beiral do sonho,
águia-real,
que esvoaça em abandono
no vento solar
a navegar no sono.
durmo, pendurado no beiral do sonho,
águia-real,
que esvoaça em abandono
no vento solar
a navegar no sono.
domingo, janeiro 14
encontrei, num dia em que passeava distraído, um céu vaidoso, que se vestia todos os dias a condizer...
(irreverente, dei comigo a pregar-lhe partidas a ver se o apanhava distraído ...)
desenhei em papel incolor, uma árvore,
azul,
partitura de chopin,
em tons de piano
e
de pain...
por ali fiquei
em sentido
a aguardar
( não sei se a ouvir se a ver) o nascer do céu, curioso de lhe sentir a cor, que trazia vestido…
desenhei em papel incolor, uma árvore,
azul,
partitura de chopin,
em tons de piano
e
de pain...
por ali fiquei
em sentido
a aguardar
( não sei se a ouvir se a ver) o nascer do céu, curioso de lhe sentir a cor, que trazia vestido…
quarta-feira, janeiro 10
A guitarra toca. Toca-me em som de sombras-de-aço. Quente de lágrimas de cansaço-dedilhado, sem espaço.
tenho sede (de ser)
guitarra que grita
e
agarra,
o amanhecer...
tenho sede (de ser)
trovoada (tambor alado),
cigarra,
adereço de palhaço-calado...
sede,
demente de ser,
(só)
semente,
laço sem nó
e
nascer,
pássaro-de-pó,
inacabado…
guitarra que grita
e
agarra,
o amanhecer...
tenho sede (de ser)
trovoada (tambor alado),
cigarra,
adereço de palhaço-calado...
sede,
demente de ser,
(só)
semente,
laço sem nó
e
nascer,
pássaro-de-pó,
inacabado…
segunda-feira, janeiro 8
soubera eu falar de ti, e não desta cousa presente em mim, e as letras eram perfume, e o poema era lume, soubera eu olhar para ti …
olho o céu ( sem azuis)
negro de abismos
e
imagino uma flor
( gota de sangue, espinho de dor)
rasgo as raízes de mim, pedaços sem nome (escuro)
ventos de noite (sons de coiote,
poço sem muro)
risco a noite
(cinzelada, com traços fundos)
carris ( paralelos, sem fim)…
olho o céu ( sem azuis)
e
pinto, esculpidas no vento,,, aguarelas ( despidas de mim)…
falasse eu de ti
e
o
abismo
era chão,
com perfumes de alecrim…
olho o céu
( azul)
de verão
(profundo),
botão
de rosa sem jardim, (brava)
gravada nas ondas,
inacabada
gaivota tatuada em nuvens de cetim…
negro de abismos
e
imagino uma flor
( gota de sangue, espinho de dor)
rasgo as raízes de mim, pedaços sem nome (escuro)
ventos de noite (sons de coiote,
poço sem muro)
risco a noite
(cinzelada, com traços fundos)
carris ( paralelos, sem fim)…
olho o céu ( sem azuis)
e
pinto, esculpidas no vento,,, aguarelas ( despidas de mim)…
falasse eu de ti
e
o
abismo
era chão,
com perfumes de alecrim…
olho o céu
( azul)
de verão
(profundo),
botão
de rosa sem jardim, (brava)
gravada nas ondas,
inacabada
gaivota tatuada em nuvens de cetim…
sexta-feira, janeiro 5
olho o espelho estilhaçado, ali, além, pedaços de estanho, palhaço estranho de mim
Sou,
Jardineiro de sonhos,
pintor de bancos,
brancos,
sujos de mim,
( nuvem acre,
palhaço manco,
vestido de Arlequim)…
Sou,
Saltimbanco,
vagabundo de sargaços,
cavalo andante,
feirante
andarilho do ali…
Sou
Ventos contrários,
pedaço de ti,
migrante,
aqui!
Jardineiro de sonhos,
pintor de bancos,
brancos,
sujos de mim,
( nuvem acre,
palhaço manco,
vestido de Arlequim)…
Sou,
Saltimbanco,
vagabundo de sargaços,
cavalo andante,
feirante
andarilho do ali…
Sou
Ventos contrários,
pedaço de ti,
migrante,
aqui!
quarta-feira, janeiro 3
imagino-te escondida, entre a luz, jogo de olhares surrealistas, transparentes…sobreposições de pintor de nuvens, vestidas de sonhos
passou por mim uma nuvem divertida que se escondeu detrás da lua,
(linda,
intima,
nua!)
(linda,
intima,
nua!)
terça-feira, janeiro 2
tempestades num céu que se olha pintado de ventos
respiro a liberdade de estar aqui,
preso em ti
a colorir sonhos errantes,
(rios sem mar, nem nascentes,
águas transparentes,
sem amante)
sozinho,
nesta fantasia
de navegar na tempestade de mim...
preso em ti
a colorir sonhos errantes,
(rios sem mar, nem nascentes,
águas transparentes,
sem amante)
sozinho,
nesta fantasia
de navegar na tempestade de mim...
segunda-feira, janeiro 1
começa aqui, neste ponto ou em qualquer outro. o que conta é o instante
o desenho do horizonte não tem fim. começa aqui
e
foge,,,libertino,
ondulado em searas-do-ali…
ah,
fosse outra a luz que voa,,,além, a brincar em mim
e
o horizonte não era assim,
era gigante no sentir,
em tons de sonhos-de-arlequim...
e
foge,,,libertino,
ondulado em searas-do-ali…
ah,
fosse outra a luz que voa,,,além, a brincar em mim
e
o horizonte não era assim,
era gigante no sentir,
em tons de sonhos-de-arlequim...
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